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O Programa Energia Boa foi um diferencial competitivo decisivo para os 27 projetos de Santa Catarina que venceram o leilão A-5, diz Pablo Carena

  • Foto do escritor: Milton Wells
    Milton Wells
  • 9 de set.
  • 3 min de leitura
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Pablo Carena, presidente da Associação dos Produtores de Energia de Santa Catarina (APESC) não tem dúvidas de que grande parte do sucesso dos empreendedores que comercializaram energia de PCHs  no leilão A-5 deve-se ao programa Energia Boa, lançado em junho do ano passado pelo governo catarinense. “O Energia Boa foi um diferencial competitivo decisivo”, disse à Hydro Brasil.


No 39º leilão de energia nova da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Câmara de Comércio de Energia Elétrica (CCEE), Santa Catarina liderou a contratação de usinas hidrelétricas, com 27 das 65 unidades habilitadas em todo o país, o que representa 42% do total. O estado teve 24 PCHs e 3 CGHs vencedoras.  Com 52 projetos inscritos, o estado respondeu por 22% do total de 241 projetos em nível nacional. A expectativa é de mais de R$ 3 bilhões em investimentos nos próximos anos.


 "O governo de SC criou uma estrutura de apoio que permitiu superar etapas administrativas, como licenciamentos e outorgas, e também viabilizou projetos por meio de novas subestações", explicou Carena. Essa infraestrutura estratégica, em municípios como Campo Belo do Sul, Lages, Painel e Urubici, tornou empreendimentos antes inviáveis economicamente em projetos competitivos. As obras dessas novas subestações, que devem começar nos próximos meses, permitirão a implantação de diversos projetos vencedores no leilão.

A coordenação entre os diferentes órgãos foi essencial, relata Carena. O Comitê Gestor do programa, liderado pela Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços (SICOS), reúne-se periodicamente para alinhar prioridades e critérios técnicos, garantindo que os projetos estivessem prontos e em sintonia com a infraestrutura disponível.

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Pablo Carena, presidente da APESC





O impacto econômico

O impacto econômico esperado é vasto e abrange toda a cadeia produtiva. Com um investimento médio de R$ 10 a 12 milhões por MW instalado, o leilão representa um influxo significativo de capital para o estado. "A cadeia produtiva para a implantação de usinas é completa em Santa Catarina, ou seja, temos desde projetistas e consultores até fabricantes de todos os tipos de equipamentos. Grande parte desses investimentos deve ficar no estado", destacou Carena.


Além de movimentar a economia, os projetos gerarão empregos em todas as etapas da implantação. A APESC estima que cada MW instalado viabilize 60 postos de trabalho, totalizando cerca de 20 mil novos empregos diretos e indiretos.

Para Carena, os benefícios vão além da geração de empregos e do crescimento empresarial. Ele enfatiza o efeito multiplicador na economia catarinense, com o aumento da arrecadação de impostos para o estado e os municípios. "Os municípios onde as novas usinas serão instaladas contarão com novas receitas que permitirão aos gestores viabilizar melhores condições para a população", ressaltou.


"Santa Catarina aproveitará seu potencial para energias renováveis para seguir crescendo e se destacando no país", concluiu o presidente da APESC, reforçando o papel estratégico do setor na matriz energética do estado e no desenvolvimento sustentável da região.

 

A demanda por profissionais:  

  • Projetistas e consultores ambientais (demanda imediata)

  • Topógrafos e geólogos

  • Engenheiros (civil, elétrico e mecânico)

  • Técnicos industriais

  • Operários da construção civil (carpinteiros, pedreiros, eletricistas, soldadores)

  • Montadores e técnicos de manutenção

 

O alvo é aumentar IDH de regiões abaixo da média estadual 

O programa Energia Boa, considerado o maior projeto estadual de fomento à geração de energia renovável do país, tem como objetivo injetar R$ 572 milhões em infraestrutura energética em regiões com IDH abaixo da média estadual. Atualmente, Santa Catarina ocupa o terceiro lugar no ranking nacional de IDH, atrás apenas do Distrito Federal e de São Paulo.

O plano prevê a construção de seis novas subestações e 225,5 quilômetros de linhas de transmissão no Planalto Serrano, uma região com o maior potencial hídrico do estado. Com o aumento da infraestrutura, a expectativa é que Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) e usinas eólicas e solares possam se conectar ao sistema elétrico, ampliando a oferta de energia limpa e incentivando novos negócios.

As projeções indicam ainda uma receita de R$ 290 milhões em impostos municipais, estaduais e federais em 36 meses.

Além do impacto econômico, o programa tem um forte viés ambiental, incentivando a preservação de nascentes e cursos d'água ao apoiar a expansão de energias renováveis e a instalação de usinas hidrelétricas.

O programa Energia Boa é uma iniciativa conjunta da Celesc, da Secretaria de Estado da Fazenda (SEF/SC) e da Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços (SICOS), com o apoio de entidades do setor, como a Associação dos Produtores de Energia de Santa Catarina (Apesc).

 


 
 
 

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