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Leilão de hidrelétricas: sucesso?

  • Foto do escritor: Milton Wells
    Milton Wells
  • há 7 dias
  • 2 min de leitura
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Por Mário Menel



O leilão de hidrelétricas do dia 22 de agosto viabilizou, financeiramente, a construção de 65 usinas hidrelétricas – significa toneladas de aço, metros cúbicos de concreto, milhares de empregos diretos e indiretos na indústria de equipamentos e da construção civil – além de reiniciar ciclo positivo na cadeia industrial das PCHs. O Brasil domina tecnologicamente a construção de PCHs quando se trata de obras civis, fabricação de equipamentos principais e de controle e de montagem completa de uma usina. Seria lamentável se, por falta de demanda, perdêssemos elos nessa linha de produção inteiramente nacional. Os benefícios da fonte hidráulica como a movimentação da economia local, a comprovada melhoria do IDH nas localidades atingidas pela implantação e o recolhimento de impostos são bastante conhecidos. Também é sabido o pequeno impacto ambiental causado pela implantação desse tipo de empreendimento.


Já os atributos da fonte hídrica, seja por sua capacidade de fornecer energia ou potência e flexibilidade embora nem sempre devidamente remunerados são− − fundamentais para uma operação robusta dos sistemas elétricos. A adequada remuneração da fonte diminuiria as poucas críticas vindas a público em relação ao leilão: o custo poderia ser menor caso houvesse uma composição com outras fontes e não fosse específico para a fonte – caracterização de reserva de mercado. Para superar tais avaliações, e a título de sugestão: por que não fazer um leilão agnóstico, permitido para todas as fontes, e com remuneração por produto? O menor preço para cada produto, seja energia, potência ou flexibilidade, ganha o certame.


Nesse cenário, ao competir nos três produtos, a fonte hídrica teria possibilidade de três receitas. A circunstância lhe permitiria, ao compor uma receita total, competir em igualdade de condições com fontes mais baratas no produto energia, mas que, por suas características, não teriam condições de participar da disputa pela entrega de outros atributos.

Vamos voltar então ao questionamento inicial: o leilão de hidrelétricas realizado em 22 de agosto foi bem-sucedido? Mesmo sem ignorar algumas críticas, podemos nos sentir à vontade para afirmar que, sim, o evento que retomou a construção de hidrelétricas no Brasil alcançou seu objetivo e foi um verdadeiro sucesso.


(*) Presidente da Associação Brasileira dos Investidores em

Autoprodução de Energia - ABIAPE

 



 
 
 

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