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Tradener sugere expansão das linhas de transmissão das distribuidoras nas regiões próximas aos rios para viabilizar projetos de PCHs menores

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    Milton Wells
  • há 2 dias
  • 3 min de leitura
Guilherme Ávila
Guilherme Ávila

A Tradener, de Curitiba, primeira comercializadora do país a entrar em operação no mercado livre, possui dois projetos de PCHs de 30 MW em Goiás que dependem diretamente da viabilidade de conexão para serem habilitados em futuros leilões de energia. De acordo com o CEO, Guilherme Ávila, ao tentar cadastrar esses empreendimentos para o leilão A-5, deste ano, a empresa foi notificada de que não haveria escoamento disponível.


.Ao avaliar os cenários das pequenas centrais, Ávila observou que, embora  sejam ativos importantes para a regularidade da matriz, o alto custo de viabilização — decorrente de encargos na construção  e do longo prazo de licenciamento  — as torna menos competitivas em relação à energia solar, cuja instalação é mais econômica e rápida.


Segundo ele, o valor elevado necessário para viabilizar as PCHs não está na qualidade da energia, mas sim nos encargos associados à obra, como ICMS, INSS sobre folha de pagamento e o diferencial de alíquota na compra de aço. Já o processo de licenciamento ambiental é extremamente demorado, podendo levar quase dez anos, o que eleva os custos e atrasa o retorno do investimento.


Além disso, para as PCHs menores, o custo de construir as linhas de transmissão e conexão muitas vezes inviabiliza o investimento por completo.  “A energia solar, que utiliza painéis importados com poucos encargos e tem preços em queda, acaba sendo muito mais barata e competitiva, apesar de gerar apenas durante o dia”.


Ele sugere que uma solução para isso poderia envolver a expansão das linhas de transmissão das distribuidoras nas regiões próximas aos rios, incorporando esses ativos à sua base e liberando as PCHs desse alto custo.  “Com isso, o setor teria uma viabilidade muito maior porque, para as PCHs menores, o custo da linha muitas vezes inviabiliza o investimento”, ressaltou.


“Essa é uma pauta inteligente do planejamento setorial, porque é muito interessante para o país, dado que esses empreendimentos atraem mão de obra local e toda a cadeia setorial, além de dinamizar a economia muito mais do que uma usina solar”,


Com um portfólio que reúne um total de 172 MW, incluindo as PCHs Rondinha, Gameleira, São Bartolomeu e Tamboril, além da geração de energia, a Tradener atua ainda na gestão comercial de mais de 50 usinas de terceiros. Suas principais atividades de consultoria e gestão comercial incluem orientação sobre garantia física (GF); aconselhamento sobre as vendas da garantia física; gestão de geração e riscos.


Além disso, ajuda os investidores a lidar com situações de GSF e paradas para manutenção, que podem levar a uma diferença entre a energia vendida  e a energia efetivamente gerada. “Também atuamos como aconselhamento de compra de energia, caso a usina tenha vendido toda a garantia física, mas não consiga gerar o volume total. A Tradener orienta sobre a forma mais eficiente e de menor custo para realizar a compra de energia necessária”, diz o CEO   ressaltando que esse trabalho é realizado com "bastante sucesso" junto aos investidores de PCHs.


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PCH Tamboril




Sobre o futuro das PCHs no país, Ávila lembra que a Tradener possui DNA hidráulico e enxerga com otimismo o futuro do setor. “Tratam-se de ativos sub-aproveitados na matriz brasileira, que deveriam merecer prioridade e , assim, desenvolver todo o seu potencial  porque  proporcionam regularidade para os rios, além de vários atributos que fazem parte e suas características “.

 

 
 
 

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