Tradicional empresa do setor de equipamentos e serviços de geração de energia, a Flessak, de Francisco Beltrão (PR), está com sua capacidade de produção comprometida até meados de 2024. Com uma média entre 20 a 22 unidades por ano, conta, no momento, com 46 geradores em linha de produção, correspondente a cerca de 20 clientes.
Edson Carlos Flessak, diretor da empresa, informou que boa parte da demanda é de projetos de PCHs e CGHs que comercializaram energia em leilões de anos anteriores, com data de início de operação em 2024. “A demanda ainda é resquício do passado, agora é que irá começar um interregno, dado que os empreendedores estão na espera da reação do mercado ”, afirmou. “Se o Brasil retomar o crescimento irá faltar energia. Por isso, é hora de aproveitar para investir em estrutura de geração ”.
Para o empresário, o setor não pode ser visto como imediatista dado que a concretização dos negócios e a produção exige tempo longo de maturação “Portanto, a produção de hoje foi contratada no semestre passado, e o que está se contratando hoje será entregue nos próximos 18 meses. Os reflexos da economia não são imediatos”, acrescenta Flessak que projeta um incremento de 15% no primeiro semestre do ano, em comparação a igual período do ano anterior. Para este ano, a empresa definiu em 20% a meta de crescimento sobre 2022. A Flessak nasceu em Marmeleiro, sudoeste do Paraná, há 57 anos como oficina de manutenção e passou recuperar, repolarizar e repontencializar geradores usados com foco em centrais hidrelétricas , na época anterior ao apagão de 2001. Com o tempo, as concessionárias passaram a exigir projetos de geradores para a parametrização do sistema, o que levou a empresa a criar um departamento de engenharia . Com base nessa experiência passou a ocupar o nicho de repotenciação de CGHs e PCHs. Hoje além da manutenção também operara na produção. “Houve uma fase de repotenciação de geradores, sobretudo, de usinas mais antigas, mas hoje a maior demanda é por geradores novos”, diz Flessak
A Flessak atende praticamente toda demanda de instalação de centrais hidrelétricas, desde geradores, montagem da obras até software de automação, com exceção de linhas de transmissão. “Somos os primeiros a entrar em uma obra e os últimos a sair”, pontua o empresário.
Com cerca de 170 funcionários, a empresa estuda a possibilidade de investir em novos equipamentos para ampliar a sua capacidade de produção. “Por enquanto ainda estamos em estudos, mas devemos nos preparar para a retomada da economia. O momento é de atenção e vigília e torcer para uma retomada do crescimento com a estabilização das políticas públicas”.
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