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O impacto dos eventos extremos do RS em projetos de PCHs vencedoras do leilão A-5 da Paineirapar

  • Foto do escritor: Milton Wells
    Milton Wells
  • 10 de out.
  • 2 min de leitura
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Paulo Gulin CEO da Paineirapar



A tragédia dos eventos hidrológicos extremos que assolaram o Rio Grande do Sul, como a cheia histórica de maio de 2024 no rio das Antas, ecoou diretamente na mesa de projetos da Paineirapar. A empresa paranaense, que arrematou as PCHs  Fazenda Velha (7,3 MW), em André da Rocha, e Lixiguana (9 MW), em Muitos Capões, precisou revisar e reforçar todas as estruturas das futuras usinas para garantir a segurança em um cenário de clima cada vez mais imprevisível.


 Paulo Henrique Gulin Gomes, CEO da Paineirapar, explicou que a preocupação com os riscos derivados de eventos extremos levou à adoção de medidas que tornaram os projetos "mais robustos". No entanto, essa segurança aprimorada teve um preço. Gomes admitiu que a necessidade de revisão e reforço estrutural impulsionada pelos quatro grandes eventos dos últimos anos no RS impactou diretamente o custo dos projetos.

Expertise


Apesar desse desafio, o investimento total nas duas novas PCHs, localizadas na Fronteira Nordeste do RS, será de cerca de R$ 150 milhões. O CEO ressaltou que, mesmo com a alta do custo de implantação, inflação e taxa Selic, os preços negociados no Leilão de Energia Nova A-5, realizado em agosto, viabilizaram os empreendimentos. Um deles, contudo, ficou muito próximo do limite de custo.


Com 25 anos de atuação e um portfólio de 12 hidrelétricas em operação, totalizando mais de 123,82 MW em capacidade instalada, a Paineirapar demonstrou "expertise suficiente para desenvolver esses projetos", afirmou Gomes.


Para manter a competitividade diante do aumento dos custos, a empresa aposta em um "projeto enxuto" que prioriza o maior uso de equipamentos da região e a construção integral da obra pela própria Paineirapar, o que confere maior controle sobre os gastos. O investimento será equacionado com cerca de 30% de recursos próprios (equity) e o restante via financiamento bancário.


A questão fundiária, um obstáculo comum, é tratada pela empresa com foco no diálogo. "É de nossa cultura conversar com os proprietários antes de iniciar as obras", garantiu Gomes, reforçando que a segurança da Declaração de Utilidade Pública (DUP) só é usada como último recurso.

Estratégia

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PCH Zeca Gulin



A Paineirapar, uma empresa 100% familiar que também opera três parques solares, mantém a energia hidráulica como foco principal de sua estratégia. O CEO enfatizou o papel fundamental das PCHs no equilíbrio do sistema elétrico nacional.


"Você não tem controle na solar e eólica, mas tem controle numa hidráulica. Por isso, é necessário usinas hidráulicas a fim de permitir o controle do equilíbrio da oferta."

Além da estabilidade operacional, Gomes destacou o impacto positivo das PCHs no desenvolvimento regional, dado o histórico dessas usinas que pulverizam investimentos em diversos municípios e elevam o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dessas localidades.


O CEO elogiou iniciativas como o fundo em desenvolvimento pelo governo do Paraná para facilitar o financiamento de usinas, defendendo que é necessário fomentar a cadeia produtiva local, composta por fornecedores de turbinas, geradores, painéis e engenharia, estimulando o investimento e a criação de empregos na região.

“Veja a importância dessa iniciativa: você consegue instalar uma PCH na Região Sul utilizando 100% de fornecedores locais. Então, é claro que se deve fomentar essa cadeia produtiva. Isso, sem dúvida, impulsiona projetos e, inclusive, impulsionaria outros que ficaram inviabilizados”, concluiu.

 

 
 
 

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