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O desafio e o diferencial das pequenas hidrelétricas no mercado livre de energia

  • Foto do escritor: Milton Wells
    Milton Wells
  • 9 de set.
  • 3 min de leitura

O desafio e o diferencial das pequenas hidrelétricas no mercado livre de energia

Em um cenário onde fontes como a solar e a eólica ganham destaque, as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) enfrentam um desafio significativo: o alto custo de implantação, conhecido como Capex, superior ao de outras tecnologias. Esse fator, combinado a um modelo regulatório que não valoriza adequadamente os atributos de cada fonte, dificulta a expansão das PCHs no mercado livre, afirma Claudio Alves, presidente da Electra.



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Claudio Alves, presidente da Electra




Apesar dos desafios, as PCHs se destacam por sua flexibilidade operativa e seu papel na geração de energia limpa e de baixo impacto ambiental, especialmente quando comparadas a grandes usinas hidrelétricas. Essa capacidade de modulação, que permite concentrar a geração em momentos de preços mais altos, é um diferencial competitivo valioso, ressalta Álvaro Scarabelot, diretor comercial da empresa.


A capacidade de modulação das PCHs, mesmo as que não possuem reservatório, é um de seus maiores trunfos, continua Scarabelot. Elas podem ser operadas para aproveitar a volatilidade horária dos preços no mercado, oferecendo um produto de modulação único. A possibilidade de armazenar água permite que a geração de energia seja concentrada em momentos de PLD  mais elevado, acompanhando a curva de consumo do varejo e funcionando como um hedge financeiro para ativos de outras fontes, como os solares.


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Alvaro Scarabelot





Previsibilidade hidrológica

Ele também destaca que a previsibilidade hidrológica de curto prazo para as PCHs é bastante assertiva, o que facilita a operação estratégica. “No caso da Electra, as 11 usinas hidrelétricas adquiridas da Copel no final de 2024 não são despachadas pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). Isso dá ao grupo a liberdade de gerenciar a geração de forma a maximizar os resultados, gerando em períodos de maior valor de mercado”.


Claudio Alves relata que a preocupação com a origem da energia consumida se tornou uma prioridade para grandes empresas, impulsionada pela agenda ESG. Nesse contexto, as PCHs se mostram extremamente relevantes, não só por seu menor impacto ambiental em comparação com grandes hidrelétricas, mas também por sua contribuição para a conservação de bacias hidrográficas.



Certificados

A rastreabilidade é um requisito fundamental para a emissão de certificados de energia renovável, e as PCHs possuem a capacidade de geração alinhada ao perfil de consumo, algo que as diferencia de outras fontes renováveis. No entanto, o mercado ainda não valoriza devidamente esses certificados. Atualmente, os certificados emitidos por usinas eólicas e solares costumam ter um valor mais elevado, pois as empresas consumidoras ainda não consideram o momento exato do consumo de energia para a compensação de Gases de Efeito Estufa. Se houvesse a obrigatoriedade de compensação por hora consumida, os certificados das PCHs teriam um maior valor de mercado, pois sua geração é controlável e pode acompanhar a curva de consumo do cliente, defende Alves.

A Electra possui uma forte atuação na comercialização de energia de PCHs no mercado livre desde o início de suas operações. Sua principal estratégia são contratos de médio e longo prazo com consumidores finais. Esse portfólio de contratos de venda, suprido pelas PCHs do grupo, gera recebíveis sólidos que suportam a captação e impulsionam novos investimentos.


“Além disso, a diversificação é um ponto chave na gestão de riscos. A Electra gerencia os riscos hidrológicos e de preço com uma equipe especializada em avaliação climática. A localização de suas PCHs nas regiões Sul e Sudeste garante oferta de energia nos principais submercados do país, enquanto a sinergia entre os ativos de geração e a comercializadora garante a estabilidade de preços para os investimentos do grupo”, conclui.




Electra Energy  

Com sede em Curitiba, a Electra Energy é uma das principais empresas do país no setor de comercialização de energia no Brasil. A empresa se destaca por sua atuação no mercado livre de energia, auxiliando empresas de médio e grande porte a migrarem para este ambiente, onde podem negociar diretamente com geradores e comercializadores para obter preços mais competitivos.

Além da comercialização, a Electra oferece soluções completas de gestão de energia, incluindo consultoria para maior eficiência do consumo, gerenciamento de riscos e representação junto à CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).

A empresa também atua na geração de energia através de sete CGHs e seis PCHs  (186,4 MW, de potência intalada), com projetos em desenvolvimento nas áreas de energia solar e eólica. Em um movimento inovador, a Electra está expandindo para o mercado de mobilidade elétrica, fornecendo infraestrutura de carregamento para veículos elétricos.

 

 

 
 
 

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