Centro de Operações da Hidrotérmica, em Veranópolis/Divulgação
Uma das empresas pioneiras no RS no setor de PCHs, a Hidrotérmica, do grupo Bolognesi, de Porto Alegre, acaba de inaugurar em Veranópolis seu Centro de Operações que, por meio de controle remoto e tecnologia da SRC Energy, administra sete PCHs localizadas na mesma região geográfica, com um total de 166 MW de potência instalada. Sede da primeira PCH do grupo, denominada Jararaca, de 28 MW, construída em 2008, Veranópolis também é o local em que reside a maioria dos 18 funcionários do Centro, que demandou R$ 600 mil de investimentos.
De acordo com Uriel Garber, gerente de planta, a ideia do grupo, além de centralizar as operações das unidades, é oferecer também espaço para visitação e aprendizagem sobre os benefícios gerados pelas PCHs às comunidades, juntamente com cursos sobre temas como energia elétrica, meio ambiente, segurança do trabalho, plano de carreira do setor elétrico, estágios de engenharia, entre outros. “Em pouco tempo de operações já recebemos solicitações de escolas para visitas de alunos e, em breve, teremos um plano de visitação estabelecido para atender a todas as instituições interessadas”, diz o engenheiro que atua há 15 anos no setor.
A Hidrotérmica se tornou uma das referências no RS, dado aos fortes investimentos em diversos projetos de potenciais hidrelétricos na bacia hidrográfica Taquari- Antas. Localizada a nordeste do estado, com uma área de 26.428 km², ela possui características topográficas favoráveis à geração de energia por meio de barramentos hidrelétricos, tendo sido identificados mais de 50 aproveitamentos com potências que variavam de 1 a 130 MW.
O diretor de operações do grupo, Gabriel Freitas, informou que a empresa conta hoje com estudos de instalação de outras seis PCHs, correspondentes a 120 MW, com cerca de R$ 1 bilhão de investimentos. “Ainda estamos na fase de estudos de viabilidade econômico-financeira e de licenciamento ambiental”, diz o executivo, ao mesmo tempo em que menciona as dificuldades de mercado para as centrais hidrelétricas no país, dado aos preços praticados nos leilões e o predomínio da energia solar que acaba freando investimentos em outras fontes.
“Neste ano ainda não temos a confirmação de leilões de PCHs, apesar da obrigatoriedade de aquisição de energia da fonte prevista pela MP da privatização da Eletrobras”, assinala Freitas que também cita a sobrecontratação das distribuidoras como outro fator inibidor do mercado. Além da atuação em PCHs, o grupo opera ainda quatro térmicas a óleo e uma de biomassa, totalizando 1.160 MW de potência instalada dirigida ao mercado regulado. Neste ano, o maior objetivo da empresa é aprimorar a eficiência operacional e habilitação de seu corpo de colaboradores.
PCH Palanquinho , Caxias do Sul
Fundado em 1975, o grupo Bolognesi iniciou suas atividades no ramo imobiliário de construção na RMPA. Desde 2001 investe no setor de energia por meio das fontes hídrica, biomassa, eólica e térmica, com atuação em oito estados brasileiros, reunindo os empreendimentos UTE Maracanaú, UTE Borborema, UTE RAESA, UTE Cepasa, UTE Pernambuco 3, UTE BenBio, EOL New Energy, PCH Da Ilha, PCH Vêneto, PCH Criúva, PCH Serrana, PCH Boa Fé, PCH Autódromo e PCH São Paulo.
Comments