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Hidrogênio verde e mercado livre serão temas da 7º Conferência Nacional de PCHs e CGHs da Abrapch


Os grandes temas do momento do setor elétrico nacional serão debatidos na 7º Conferência Nacional de PCHs e CGHs da Abrapch que está marcada para o período de 19 e 20 de março de 2024 no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Alessandra Torres, presidente da entidade, lembra que o setor energético em todo o mundo tem demonstrado interesse crescente em compreender as oportunidades e os desafios na produção do hidrogênio verde não somente com fontes renováveis como solar e eólica, mas também com as hidrelétricas e seus serviços de armazenamento de energia. “Acreditamos que a energia hidrelétrica e o hidrogênio verde podem trabalhar juntos para que o Brasil alcance as metas de reduzir as emissões em 53% até 2030”, afirma Alessandra ao mencionar o tema como um dos painéis previstos para o evento de março 2024.

Considerado uma fonte de energia de grande potencial, Alessandra lembra que o combustível vem recebendo investimentos pesados dos países desenvolvidos, especialmente na Europa, enquanto o Brasil, de grande potencial, ainda encontra-se na fase de regulação do combustível que deve ser debatido pelo Congresso até o final deste ano. “ O evento de março de 2024 da Abrapch portanto será uma ótima oportunidade para aprofundar o debate sobre a legislação para o mercado de hidrogênio verde, ora em fase de elaboração no Congresso”, acrescenta. A abertura do mercado livre a partir de 2024, quando cerca de 106 mil empreendimentos de todos os tamanhos poderão escolher livremente seus fornecedores de recursos energéticos, segundo dados do Ministério de Minas e Energia (MME), será outro dos temas a serem abordados na conferência da Abrapch , que deve reunir entre 800 a 900 pessoas, segundo estimativa da entidade.


Eficiência e rentabilidade


Apesar do excesso de oferta do setor elétrico nacional, segundo Alessandra, o setor de centrais hidrelétricas vem buscando maior eficiência e rentabilidade, o que cria mercado para novas tecnologias e inovações. Atenta às demandas de seus associados, a Abrapch inclui o tema na programação do encontro cujo painel deverá ser completado com uma avaliação sobre a questão ambiental que envolve a instalação de usinas.


Na visão de Daniel Faller, diretor da Hydrofall , de Rio do Sul (SC), diante dos fatores macroeconômicos atuais é pouco provável que o custo de implantação das pequenas hidrelétricas seja reduzido substancialmente. Portanto, a melhoria da atratividade econômica passa obrigatoriamente por uma condição de preço compatível com a realidade atual desses projetos, defende.

A busca por condições que viabilizem a construção de novas PCHs e CGHs depende de mecanismos para garantir um volume de contratação através de Leilões no Ambiente Regulado, especialmente energia de reserva e taxas de juros mais atrativas para empreendimentos de energia renovável, define Faller.


A questão ambiental e o uso da tecnologia


Em relação à questão ambiental das centrais hidrelétricas, Osvaldo Onghero Júnior, diretor geral do grupo Desenvolver, de Ouro (SC), destaca que a tecnologia vem sendo cada vez mais utilizada em estudos ambientais, para uma melhor caracterização das condições de determinado ambiente, além de projetar possíveis alterações frente a instalação e operação de aproveitamentos hidrelétricos.


Junto de levantamentos cada vez mais minuciosos e aprofundados nos locais dos aproveitamentos, observa Onghero, uma série de ferramentas pode ser aplicadas por empresas consultoras ambientais, utilizando-se de softwares avançados e bancos de informações oficiais, disponibilizados pelos órgãos públicos. Entre estas, ele cita a bioestatística, voltada para elucidar as condições relativas à fauna terrestre e aquática, além dos diversos componentes florísticos.

“Diversas técnicas e uma constante evolução dos estudos com bases estatísticas aprofundadas, permitem aos órgãos ambientais licenciadores análises mais seguras, em que possíveis lacunas não consideradas nos estudos tornam-se cada vez mais raras”, assinala.




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