Obras na CGH Teles de Proença 27/04/2023
A Hidro Geração, de Curitiba (PR), especializada no desenvolvimento de projetos de centrais hidrelétricas, fechou contratos para a construção de três CGHs e quatro PCHs, de investidores independentes dos estados do Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais, correspondentes a 50.5 MW, de potência. As sete obras deverão reunir, ao total, cerca de 1.130 empregos diretos, além de demandar serviços de uma série de fornecedores que atuaram com a empresa contratante em projetos anteriores.
Todas as unidades deverão ser concluídas até o final de 2024, o que deixa a empresa no limite de disponibilidade do tempo de serviços. “Temos como norma não agregar muitos projetos para que seja possível cumprir um rígido cronograma de acordo com o tempo de serviço de cada obra e também devido à distância de cada uma”, disse à Hydro Brasil o diretor da Hidro Geração, engenheiro Luiz Diniz Neto. “Dado ao tempo de instalação de cada usina, a empresa ficará com suas atividades comprometidas até o final do próximo ano”.
Usinas
Para construção das CGHs a serem dirigidas ao segmento de Geração Distribuída, a empresa estima um período de 15 meses cada. Para as PCHs, que devem ser cadastradas nos leilões A-4 e A-6, ainda dependente de confirmação do MME, o tempo de construção de cada unidade é estimado em 24 meses. São as seguintes: PCH Prainha, de 9 MW, Abelardo Luz (SC) ; PCH Santa Rosa , de 10 MW, Abelardo Lu z (SC); PCH Cianorte , de 6 MW , Cianorte (PR) ; PCH Caiuá III, de 9 MW, Santa Juliana (MG) ; CGH Catuporanga, 5 MW, Pitanga (PR ); CGH Meireles , 5 MW, Lindoeste (PR) ; CGH Teles de Proença, de 2,5 MW, Faxinal (PR) .
Formada por cinco engenheiros, de origem de empresas projetistas com expertise em projetos hidráulicos de larga tradição no mercado, a empresa foi fundada em janeiro de 2021. Em apenas dois anos desenvolveu um total de 19 projetos de centrais hidrelétricas, correspondente a 120,60 MW. Deste montante foi responsável pelas obras de três PCHs, ao total de 42,50 MW: PCH Dois Saltos, de 30 MW, localizada no município de Prudentópolis (PR); PCH Cavernoso III, de 6,5 MW, localizada em Virmond (PR) e PCH Cavernoso IV , de 6,0 MW, situada em Cantagalo (PR) .
Como diferencial de mercado, Diniz cita o fato de a empresa projetar usinas com custos unitário abaixo de R$ 6 milhões o MW, o que considera “metade dos custos de projetos concorrentes”. Muito disso tem a ver com o tamanho dos reservatórios que também propicia um licenciamento mais ágil de parte do órgão ambiental. “Temos usinas como a CGH Teles de Proença e PCH Cavernoso III que não têm reservatórios, mas cada projeto é único; e assim devem ser tratados: existem turbinas que trabalham com 2,0 m³/s e com 25 m³/s.”, acrescenta.
IDA
Um dos mais céleres órgãos ambientais no licenciamento de centrais hidrelétricas, segundo Diniz, é o IAT (Instituto de Água e Terra), do Paraná, que vem fluindo processos com mais agilidade do que seus congêneres de outros estados. Nessa linha, ele destaca a criação de Resolução SEDEST nº 09/2021, uma variável chave para o licenciamento: o Índice de Degradação Ambiental (IDA), publicada em 9 de março de 2021 pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo do Estado do Paraná, no Departamento de Imprensa Oficial do Estado.
“Toda a vez que o IDA avalia um projeto que tenha índice abaixo de 4,0, resultado de uma fórmula de degradação, e com área alagada menor do que 10 hectares por MW instalado, o trâmite é mais rápido”, explica Diniz.
Entre outros itens, IDA considera: área de supressão da vegetação em estágio inicial; comprimento do sistema de adução ;comprimento do trecho de vazão reduzida ; número de propriedades rurais com uso inviabilizado.
Quem pode trabalhar nessas PCHs como e selecionado trabalhadores